Na arquitectura tradicional do Algarve, com forte influência árabe, predominam as casas pintadas de branco (antigamente caiadas), os típicos telhados de telha mourisca, açoteias, os plantibandas com decorações coloridas e as famosas chaminés rendilhadas. Entre estes, o elemento de maior destaque são as chaminés, também consideradas um dos símbolos do Algarve, reflectem a sua história, o gosto e as necessidades concretas das gentes Algarvias.
A cal é usada no Algarve desde a época da ocupação muçulmana, que durou cerca de cinco séculos. A cal é o resultado da queima de pedras calcárias, a elevadas temperaturas. Esta cal à qual se adiciona água torna-se na matéria com que se pintavam as paredes.
As telhas mouriscas ou de canudo são telhas em forma de meia cana, ligeiramente cónicas. Este tipo de telhas era utilizado em quase todos os telhados algarvios.
As açoteias, são terraços que servem de telhado, onde se secam os figos, e as amêndoas, serviam também para apanhar o fresco nas noites quentes de Verão.
Os plantibandas, com utilidade meramente decorativa, protegem as açoteias e rematam as fachadas principais, tomando várias formas geométricas e decorados com diversas cores.
As chaminés algarvias, além da utilidade normal desempenhavam também um papel ornamental, tomavam as formas mais variadas, desde as que apresentam simples ranhuras, às que ostentam complicados e belos rendilhados. Muitas delas assemelhavam-se a miniaturas de torres ou dos minaretes árabes. Podiam ter secção circular, quadrada ou rectangular, mais simples ou mais elaboradas, mas tinham sempre uma forma bastante artística . Há-as de todos os modelos e para todos os gostos, só tendo como limite a imaginação de quem as faz, eram uma prova de perícia para cada pedreiro e um motivo de orgulho para qualquer proprietário.
Actualmente a construção de chaminés é um pouco diferente, já não é um trabalho artístico como antigamente, mas na maior parte das vezes é a montagem de modelos pré-fabricados. Por vezes surgem também novas cores, resultado de influências estrangeiras.
Actualmente a construção de chaminés é um pouco diferente, já não é um trabalho artístico como antigamente, mas na maior parte das vezes é a montagem de modelos pré-fabricados. Por vezes surgem também novas cores, resultado de influências estrangeiras.
As chaminés algarvias são um património arquitectónico regional que deve ser conhecido, preservado e divulgado. Muitas das chaminés antigas, com o passar dos anos vão-se deteriorando, tornando-se assim necessário, que organismos ligados à conservação do património façam um levantamento desta herança e a consequente preservação.
Gsti munte de más esta parte, amigue Costa.
ResponderEliminarInda oije, condo fui ò musê ragional, tive lá arrepairando numas poucas de chamnés que távom lá em xposiçã. Aquilo na eróm de verdade, eróm coisitos piquenalhes. Ma dá prá famila que na quenhece fcar cum uma idéa de cume elas som.
É uma das cousas que melhor rapresentam o Algarve. Vã-me lá a ver se cum as constreçõs medernas, na se vai perdende tamém más iste...
Bem, vamos a ver se consigo escrever em português corrente, depois do que acima se escreve. Lol
ResponderEliminarVivi 6 anos da minha infância no Algarve, cidade de Portimão e sendo uma alentejana de Évora, tomei Portimão como minha segunda terra, sentimento que ainda hoje nos meus 65 anos, conservo.
Parabéns pelo trabalho.
Carlota Roque
Azeitão