domingo, 17 de outubro de 2010

Salvem as palmeiras!

Já muito se falou sobre a praga que ataca as palmeiras no Algarve, no entanto, mais uma vez não vai fazer mal a ninguém. Um pouco por todo o Algarve, são vistas palmeiras doentes, umas secas outras a secar, num cenário bem triste e desolador. Estão a desaparecer, palmeiras centenárias da espécie “phoenix canariensis“, que são as mais vulgares e que desde há muito, embelezam uma grande parte dos jardins públicos desta região, bem como de alguns jardins particulares.


Esta praga que está a dizimar as palmeiras do Algarve e segundo dizem também as de vários países mediterrânicos, é provocada por uma espécie de escaravelho de nome científico “rhynchophorus ferrugineus”. A doença manifesta-se com o aparecimento as folhas doentes no cimo da copa, as folhas novas começam a secar e a cair, posteriormente todas as outras folhas secam. Quando a palmeira está totalmente morta o escaravelho vai para outras na vizinhança.


Segundo se diz, a origem do problema terá sido a importação de palmeiras de países do Norte de África que traziam consigo o referido escaravelho, que se revelou mortal para as palmeiras locais. Verifica-se que esta praga é de fácil contágio e é difícil de controlar, no entanto, alguma coisa deveria ser feita. Não sei se alguém está a tomar medidas para combater este flagelo, mas se está não se nota, pois continuamos a ver por todo o Algarve palmeiras doentes que mais tarde irão contagiar outras, não seria bom pelo menos eliminar as palmeiras doentes para limitar os danos? Eu sei que neste tempo de crise, as coisas ainda se complicam mais, o tratamento possivelmente será dispendioso, mas não seria útil haver uma actuação concertada a nível regional? O que já fizeram organismos como o Ministério da Agricultura, Direcção Regional das Florestas, departamentos de investigação da Universidade do Algarve e as diversas entidades políticas da região?


Se continuarmos assim, possivelmente daqui a algum tempo, não teremos de nos preocupar, o problema deixará de existir, pois não haverá mais palmeiras para o escaravelho atacar…



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Já fazia falta uma maratona no Algarve


Há já muito tempo que se dizia que fazia falta uma maratona no Algarve, pois esta região tem as condições necessárias para a realização de um evento desta natureza, só faltava um impulso inicial. Ontem, dia 10 de Outubro de 2010, numa organização conjunta entre a empresa Xistarca, a Associação de Atletismo do Algarve, a Região de Turismo do Algarve e a Câmara Municipal de Faro, realizou-se a primeira edição da Maratona do Algarve. Paralelamente também se realizaram uma meia-maratona, uma mini corrida e uma maratona a dois.

Esta prova, apadrinhada pela campeã olímpica Rosa Mota, realizou-se na região de Faro, iniciou-se na pista de atletismo, percorreu várias ruas desta cidade e atravessou também a zona rural do concelho.

Dado que em 2010 está a assinalar-se o Ano Internacional da Biodiversidade, a Maratona do Algarve quis associar-se a este espírito, apresentando-se como a primeira eco maratona em todo o mundo. O ponto mais significativo desta postura ecológica terá sido o fornecimento de líquidos aos atletas, que foi efectuado em copos biodegradáveis em vez das habituais garrafas de plástico. No entanto esta situação dividiu a opinião dos participantes, pois se para uns a questão ecológica era determinante, para outros esta situação tornava-se menos prática para os atletas.

Quanto ao número de participantes, a adesão foi relativamente baixa, esta maratona não foi comparável às maratonas das grandes cidades, no entanto para uma primeira edição e pelo facto desta região não costumar ter muitos participantes em eventos desta natureza, foi um bom começo.

Esperemos que na próxima edição se verifique maior participação e que esta prova sirva para dinamizar o atletismo no Algarve.